Quando pensamos em filhotinhos de gato, a gente já imagina logo cenas fofinhas e muita diversão né? E é basicamente isso mesmo. Filhotes são muito engraçadinhos e bastante espertos. Mas precisamos lembrar que exatamente por serem filhotes, merecem atenção especial.
Primeiro porque até cerca de 60 dias eles ainda estão mamando, e portanto, ainda precisam da mãe (desconfie de gatinhos disponíveis para adoção antes disso). Segundo porque eles precisam dela não somente para se alimentar, como também para aprender uma série de comportamentos naturais que são super importantes para seu desenvolvimento físico, emocional e social.
Nos primeiros dias de vida eles ainda não conseguem fazer xixi ou cocô sozinhos, e é a mãe que estimula essa eliminação através das lambidas enquanto “dá banho” neles. É também com a mãe que eles aprendem a se limpar, usar a caixinha de areia, brincar, os limites entre brincadeiras e brigas, as intensidades das mordidas, onde morder, o que comer, como e onde caçar (ou conseguir alimento).
Até os 4 meses de vida o gato está na melhor fase para ser exposto ao máximo de estímulos possível. É nessa fase que eles devem conhecer vários tipos e texturas de alimentos, serem dessensibilizados ao toque humano, apresentados a diferentes barulhos, pessoas, outros animais, caixinha de transporte, brinquedos e texturas variadas.
Por isso a gente precisa ter paciência com a natureza, e esperar pelo menos até que os gatinhos estejam desmamados, para que eles tenham tempo de aprender coisas que serão fundamentais para seu desenvolvimento físico, social e emocional.
E aí, quando chega o momento para eles serem adotados, o tutor precisa lembrar que filhotes estão se desenvolvendo, e estão exercendo comportamentos naturais da espécie a todo vapor. Por isso eles serão muito ativos, naturalmente curiosos e exploradores, vão precisar escalar, arranhar, procurar alimento, caçar, e aprender a criar também laços com outros indivíduos, felinos ou não.
Então é muito importante que a casa do tutor esteja adequadamente adaptada às necessidades da espécie felina, para que o filhote continue se desenvolvendo com bem-estar e qualidade de vida, podendo exercer seus comportamentos naturais, tendo interações positivas e previsíveis com os demais indivíduos da família.
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Escrito por Cat Sitter Manu